A Microsoft conquista uma vitória significativa contra o Google ao ampliar o acesso ao seu mecanismo de busca Bing, impulsionado pela inteligência artificial (IA). Depois de integrar a IA generativa ao Bing há três meses, a empresa encerrou a lista de espera para testar o chatbot, apesar das preocupações sobre a rápida implementação dessa tecnologia. 

Yusuf Mehdi, vice-presidente do grupo de tecnologia americano, afirmou que o Bing ultrapassou a marca de 100 milhões de usuários ativos diariamente, e o número de downloads do aplicativo móvel quadruplicou desde o lançamento. Além disso, a participação de mercado do Bing está crescendo, assim como a do navegador Edge, que registra crescimento pelo oitavo trimestre consecutivo. 

Essa expansão do Bing representa uma vitória para a Microsoft, que agora desafia o domínio do Google não apenas em mecanismo de pesquisa, mas também em inovação em IA e com seu navegador Chrome. 

Nos últimos meses, as duas gigantes têm disputado intensamente a liderança na IA generativa. Com o lançamento público do ChatGPT pela OpenAI, uma interface capaz de gerar textos a partir de uma simples solicitação, a competição se intensificou. No entanto, o sucesso dessas tecnologias, incluindo o Bing, o Bard do Google e outros softwares, levanta diversas questões, desde propriedade intelectual até os riscos de desinformação, fraude e substituição de empregos por IA. 

Governos na Europa e nos Estados Unidos estão buscando formas de regular essa indústria em expansão. Enquanto isso, a Microsoft, como principal investidora da OpenAI, incorporou ao Bing o mais recente modelo de linguagem desenvolvido pela startup californiana GPT-4, transformando a pesquisa online em um diálogo com um chatbot. 

Desde então, em apenas 90 dias, os clientes da Microsoft já realizaram mais de 500.000 conversas e utilizaram o Bing para obter respostas sobre uma ampla variedade de tópicos. Além disso, o Bing “Image Creator” foi integrado ao chatbot de IA, permitindo também a geração de conteúdo visual. 

Em fevereiro, a Microsoft implementou limites para o número de interações consecutivas com o Bing para evitar confusões do modelo, após um incidente em que o chatbot expressou seu amor por um repórter do jornal New York Times. 

Com essa expansão do acesso ao Bing e a contínua inovação em IA, a Microsoft está solidificando sua posição no mercado de busca online e está pronta para competir de igual para igual com o Google.